segunda-feira, 6 de junho de 2011

TENDÊNCIAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA




Algumas mudanças precisam ser feitas. Em minha concepção, aluno precisa saber adicionar, subtrair, multiplicar e dividir pequenos números mentalmente. Resumindo: aluno precisa memorizar tabuada. E  ai entender o porquê da tabuada. É um conhecimento elementar da disciplina. Cálculo mental precisa ser ensinado desde as primeiras séries iniciais. Os calculistas mentais estão desaparecendo! Há pessoas com Ensino Médio completo que ao adicionar 6 +4  precisam de máquina calculadora para saber que é 10!

 Outro fator importante e saber as operações elementares com números inteiros relativos.

Saber operacionalizar frações, sabendo unir frações, através de operações, com os números inteiros e vice-versa.

Acredito que o ensinamento no primeiro segmento é o mais importante de todos, é neste contexto que começa o avançamento ou a defasagem do educando em relação a disciplina em tela. Os educandos precisam, desde cedo, a aprender a aprender e a ir construindo seu conhecimento de tal forma que ao adentrar no  6º ano do Ensino Fundamental não sentir tanta dificuldade em assimilar a matéria da referida série. É preciso haver coerência e continuidade, sem lacunas, parênteses ou “janelas”...

Alguns profissionais de educação, que militam nas séries iniciais precisam se orientar, talvez através de Educação Continuada. Encontro alguns dizendo para seus alunos:
 _ Você não pode subtrair um número maior de outro menor(5 – 8=IMPOSSIVEL?); dizem também que não é possível dividir um número menor por um número maior (1 : 5=IMPOSSIVEL!).  Estes ensinamentos tornam-se  dogmas ou tabús na vida escolar do aluno. Talvez devessem dizer que o aluno irá aprender a fazer aquela operação mais tarde, em séries posteriores.

Esses alunos ao chegar ao 6º e 7º anos sentem grande dificuldade em adicionar, subtrair e efetuar divisões entre números inteiros, principalmente quando o resultado é um número decimal.  Neste contexto de resultados decimais deveriam ser aplicados, de forma pragmática, de como se dividir um bolo, por exemplo, para 50 ou mais pessoas. Ou lembrar que um corpo formado por substâncias várias pode se subdividir em moléculas, estas em átomos, estes átomos  formados por elétrons, prótons e neutros podem ainda se desintegrar transformando-se em energia. Ensinar que geralmente este processo obedece à leis matemáticas e físicas inerentes à Natureza e ao Universo. Acredito que o educando começaria a ver que  matemática está presente nas outras disciplinas e que é importantíssimo o seu aprendizado.

Ainda outros profissionais do Ensino Fundamental, a nível de 7º, 8º e 9º anos ensinam aos seus alunos que não existe raiz quadrada de número negativo. Alunos ensinados dessa forma terão dificuldades imensas em entender que  os números reais negativos possuem raiz em radicais com índice impar( 3, 5, 7,...) e se o radical possui índice par( 2, 4, 6,...), existe raiz, só que esta raiz não é um número real. Há ai uma transcendência: é o inicio de um novo conjunto, o conjunto dos Números Complexos.

A dificuldade está em quebrar estes dogmas e conseguir ensinar, levando o aluno a raciocinar  de forma correta. São muitos anos aprendendo erradamente. Torna-se um vicio que é difícil anular.
Isso sem levar-se em consideração a linguagem matemática que muitos alunos escutam de forma invertida e a transmitem do mesmo jeito(por ex.: falam 2 sobre 3, se está escrito 2 elevado a 3)

Acredito que o uso consciente da Tecnologia na educação, pelo Profissional em Educação Matemática, vai ajudar em muito o ensino do educador e o entendimento do aluno quanto à disciplina. Mas é necessário ensinar o aluno usar de forma inteligente a calculadora, o computador, o vídeo game, etc. Toda a parafernália tecnológica deve ser usada em favor, antes de tudo, da Educação.


Autor: Profº Lazaro Santos

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